Esta noite Habib estava recordando os velhos tempos, tempos que tínhamos muito pouco coisa e a felicidade era grande, o que só nos leva a certeza de que os bens materiais são muito importante mas, de fato, não trazem a felicidade (ajudam bastante quando não são o foco da nossa vida).
Me lembrei de uma velha amiga que não vejo a mais de 20 anos, a pessoa mais louca que já conheci. Era uma vegetariana que odiava alface e amava bacalhau (deveria ser por conta das batatas).
Naquela época pouco nos bastava, "happy hour" era regado a um ki-suco jarrão e um sanduíche de pão com mortadela (ou mortandela como muitos gostam de falar). Aliás, já era divertido ver o padeiro fazer o embrulho com papel e barbante, barbante que depois serviria para jogar cama de gato. Ainda relembrando aquela época, também era divertido voltar do açougue desembrulhar a carne e ficar contando quantas letrinhas tinham no papel do embrulho que era toscamente reciclado.
Habib fazia compra na COBAL...
Comprava creme rinse...
Era tudo magiclick.
Adoravamos ir a enterro de anão!
Habib perdeu completamente o contato com a sua amiga, só sei que ela havia virado agente da ABIN. Creio que ela tenha trocado inclusive seu nome, que era Rousseff. Será que ela já gosta de alface ou pelo menos deixou em paz o coitado do bacalhau.
Essa amiga queria provar em sua tese do doutorado que bacalhau não é um animal. Ela partia do seguinte ponto: "Alguém já viu alguma cabeça de bacalhau?". Algum animal pode nascer sem cabeça? Bacalhau deve ser, no máximo, um mineral ou até mesmo um ser totalmente sintético, algo muito semelhante a um peixe extremamente salgado, um extraterrestre.
Fui....
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